º Hanson - Lonely Again
Já hesitei três vezes antes de começar a escrever. Algumas palavras vinham à minha cabeça mas nada de uma idéia formada. No exato momento ainda não sei o que devo escrever mas sei o que eu estou sentindo muito bem.
Hoje foi um daqueles dias que se encaixariam perfeitamente em um script, com direito à trilha sonora, momentos pastelões e tudo mais.
O filme não sería de um gênero específico, não sería um drama, nem uma comédia... talvez um daqueles videos educativos que a gente ver na escola; "como os seres humanos se reproduzem", "as consequências do efeito estufa", coisas do tipo.
Eu cheguei em casa, ainda feliz mas nem um pouco saltitante. O frio não me deixa ficar triste, o café também não. Então eu não fiquei triste, e nem estou triste. Triste não é uma palavra que pode surgir no meu vocabulário diário neste momento. Bom, sem tristeza nenhuma eu cheguei me casa, entrei no quarto, joguei minhas coisas, e sentei em cima das minhas roupas sujas.
"Caraca, meu quarto tá uma zona! Só falta uma luz vermelha e o cabaré tá pronto" - eu pensei. Logo tive a idéia de arrumar meu quarto. Liguei o computador e coloquei The Smiths pra tocar. Ah! Vamos! A voz do Morresey combina perfeitamente com desinfetante.
Bom, aí lá estava eu, ouvindo Smiths, ponderando sobre a vida, pensando em como eu sou cruel e idiota, ao mesmo tempo adorável, mas ainda assim idiota. Arrumei as prateleiras dos livros, cds, pastas, revistas, disquetes, o meu armário, minhas bolsas, meus sapatos, minhas calcinhas, não necessariamente nesta ordem. Até que a minha irmã me chamou pra ver Gilmore Girls. Lá estavamos nós, extremanente felizes e com frio quando, sem nem ao menos eu estar preparada, aparece o seguinte diálogo na série:
LORELAI: Eu não estou nem falando especificamente do Dean. Eu quero dizer na vida em geral. Por exemplo, digamos que você está namorando o Taylor Hanson.
RORY: Por que eu namoraria o Taylor Hanson?
LORELAI: É um cenário hipotético, entre no clima. Então, uh, você e o Taylor estão se vendo regularmente...
RORY: Como eu conheci o Taylor Hanson?
LORELAI: Você foi à um show dele, foi no backstage, seus olhares se cruzaram e vocês estão saindo desde então.
RORY: Os Hansons ainda estão juntos?
LORELAI: Alô! Eles são os novos Bee Gees. Então..
RORY: E por que você não me impediria de ir ao show dos Hanson?
LORELAI: Hey, alguém está tentando fazer uma conexão aqui!
RORY: Desculpa! Continue.
LORELAI: Então, você e o Taylor estão namorando já há algum tempo, e as coisas estão ótimas, e vocês estão felizes, e você sente todas aquelas coisas sentimentais que as pessoas sentem quando estão apaixonadas. Eu só quero que você seja capaz de dizer: "Taylor, eu te amo".
RORY: Ok, a gente pode escolher outra situação hipotética por que esta daqui não está deixando eu me concentrar.
Eu morri de rir quando eu ouvir isso, mas ao mesmo tempo eu fiquei assustada. O contexto histórico, social, psicoetinográfico desse diálogo é o seguinte: Lorelai tem medo da filha ter 'puxado' seu medo de se comprometer e por isso ela não foi capaz de dizer que amava o Dean. Bom, voltando o foco da conversa pra essa pessoa que vos escreve, eu não tenho nenhum problema em dizer "eu te amo" mas tenho sérios problemas de conduta social, e as vezes eu fico pensando nesse meu lado sociopata que me domina... eu costumava pensar que era apenas um espirito maléfico que tomava conta de mim às vezes, mas vejo que não. Eu sou assim, e sou boa nisso. Eu gosto de manter uma certa distância das pessoas, por que quando eu me entrego demais, eu estou falando de uma situação geral, eu sempre acabo mal.
Vamos dizer que eu e o Taylor Hanson estamos saindo. (suspiro) Aí eu sei que um dia ele vai ter que voltar pra Tulsa, e eu vou ter que ir pra Praga por causa de uma herança. Eu e eles estamos muito felizes, e eu vejo que o Taylor é um fofo assim como eu sempre imaginei. Então, o que eu faria? De boa, até o Taylor Hanson se machucaria comigo, por que eu sou incapaz de dá o braço a torcer e dizer 'Taylor, seus olhos são lindos, sua boca é rosada, e eu também gosto de ficar com você". O pobre coitado do Taylor provavelmente iria escrever um música do tipo "where´s the love" para mim. Bom... pelo menos o Taylor Hanson escreveria uma música para mim.... e talve fosse comigo ao cinema, e me compraria um capuccino com chantilly... =-)
É, a Rory tem razão, é dificil fazer uma situação hipotética com um Hanson.
Agora que o meu quarto está parecendo com o quarto de uma garota normal. Eu tenho que arrumar alguma outra coisa pra fazer. Como eu estou sem dinheiro, compras não pode entrar na lista.
Lista: Coisas para fazer enquanto ainda está frio
- Ler um livro
- Fazer as sombrancelhas (urgente!)
- Fazer os exercícios de Morfossintaxe.
- Arrumar a mala para o fim de semana na praia.
Já hesitei três vezes antes de começar a escrever. Algumas palavras vinham à minha cabeça mas nada de uma idéia formada. No exato momento ainda não sei o que devo escrever mas sei o que eu estou sentindo muito bem.
Hoje foi um daqueles dias que se encaixariam perfeitamente em um script, com direito à trilha sonora, momentos pastelões e tudo mais.
O filme não sería de um gênero específico, não sería um drama, nem uma comédia... talvez um daqueles videos educativos que a gente ver na escola; "como os seres humanos se reproduzem", "as consequências do efeito estufa", coisas do tipo.
Eu cheguei em casa, ainda feliz mas nem um pouco saltitante. O frio não me deixa ficar triste, o café também não. Então eu não fiquei triste, e nem estou triste. Triste não é uma palavra que pode surgir no meu vocabulário diário neste momento. Bom, sem tristeza nenhuma eu cheguei me casa, entrei no quarto, joguei minhas coisas, e sentei em cima das minhas roupas sujas.
"Caraca, meu quarto tá uma zona! Só falta uma luz vermelha e o cabaré tá pronto" - eu pensei. Logo tive a idéia de arrumar meu quarto. Liguei o computador e coloquei The Smiths pra tocar. Ah! Vamos! A voz do Morresey combina perfeitamente com desinfetante.
Bom, aí lá estava eu, ouvindo Smiths, ponderando sobre a vida, pensando em como eu sou cruel e idiota, ao mesmo tempo adorável, mas ainda assim idiota. Arrumei as prateleiras dos livros, cds, pastas, revistas, disquetes, o meu armário, minhas bolsas, meus sapatos, minhas calcinhas, não necessariamente nesta ordem. Até que a minha irmã me chamou pra ver Gilmore Girls. Lá estavamos nós, extremanente felizes e com frio quando, sem nem ao menos eu estar preparada, aparece o seguinte diálogo na série:
LORELAI: Eu não estou nem falando especificamente do Dean. Eu quero dizer na vida em geral. Por exemplo, digamos que você está namorando o Taylor Hanson.
RORY: Por que eu namoraria o Taylor Hanson?
LORELAI: É um cenário hipotético, entre no clima. Então, uh, você e o Taylor estão se vendo regularmente...
RORY: Como eu conheci o Taylor Hanson?
LORELAI: Você foi à um show dele, foi no backstage, seus olhares se cruzaram e vocês estão saindo desde então.
RORY: Os Hansons ainda estão juntos?
LORELAI: Alô! Eles são os novos Bee Gees. Então..
RORY: E por que você não me impediria de ir ao show dos Hanson?
LORELAI: Hey, alguém está tentando fazer uma conexão aqui!
RORY: Desculpa! Continue.
LORELAI: Então, você e o Taylor estão namorando já há algum tempo, e as coisas estão ótimas, e vocês estão felizes, e você sente todas aquelas coisas sentimentais que as pessoas sentem quando estão apaixonadas. Eu só quero que você seja capaz de dizer: "Taylor, eu te amo".
RORY: Ok, a gente pode escolher outra situação hipotética por que esta daqui não está deixando eu me concentrar.
Eu morri de rir quando eu ouvir isso, mas ao mesmo tempo eu fiquei assustada. O contexto histórico, social, psicoetinográfico desse diálogo é o seguinte: Lorelai tem medo da filha ter 'puxado' seu medo de se comprometer e por isso ela não foi capaz de dizer que amava o Dean. Bom, voltando o foco da conversa pra essa pessoa que vos escreve, eu não tenho nenhum problema em dizer "eu te amo" mas tenho sérios problemas de conduta social, e as vezes eu fico pensando nesse meu lado sociopata que me domina... eu costumava pensar que era apenas um espirito maléfico que tomava conta de mim às vezes, mas vejo que não. Eu sou assim, e sou boa nisso. Eu gosto de manter uma certa distância das pessoas, por que quando eu me entrego demais, eu estou falando de uma situação geral, eu sempre acabo mal.
Vamos dizer que eu e o Taylor Hanson estamos saindo. (suspiro) Aí eu sei que um dia ele vai ter que voltar pra Tulsa, e eu vou ter que ir pra Praga por causa de uma herança. Eu e eles estamos muito felizes, e eu vejo que o Taylor é um fofo assim como eu sempre imaginei. Então, o que eu faria? De boa, até o Taylor Hanson se machucaria comigo, por que eu sou incapaz de dá o braço a torcer e dizer 'Taylor, seus olhos são lindos, sua boca é rosada, e eu também gosto de ficar com você". O pobre coitado do Taylor provavelmente iria escrever um música do tipo "where´s the love" para mim. Bom... pelo menos o Taylor Hanson escreveria uma música para mim.... e talve fosse comigo ao cinema, e me compraria um capuccino com chantilly... =-)
É, a Rory tem razão, é dificil fazer uma situação hipotética com um Hanson.
Agora que o meu quarto está parecendo com o quarto de uma garota normal. Eu tenho que arrumar alguma outra coisa pra fazer. Como eu estou sem dinheiro, compras não pode entrar na lista.
Lista: Coisas para fazer enquanto ainda está frio
- Ler um livro
- Fazer as sombrancelhas (urgente!)
- Fazer os exercícios de Morfossintaxe.
- Arrumar a mala para o fim de semana na praia.